{"id":4234,"date":"2020-05-29T17:04:18","date_gmt":"2020-05-29T20:04:18","guid":{"rendered":"http:\/\/spadottoteam.com.br\/?p=4234"},"modified":"2020-12-22T16:48:13","modified_gmt":"2020-12-22T19:48:13","slug":"musc-ciclismo","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/spadottoteam.com.br\/musc-ciclismo\/","title":{"rendered":"Muscula\u00e7\u00e3o e Ciclismo"},"content":{"rendered":"\r\n

Sempre escutamos a cl\u00e1ssica pergunta \u201ceu devo fazer muscula\u00e7\u00e3o?\u201d<\/p>\r\n\r\n\r\n\r\n

Acreditamos que a falta de informa\u00e7\u00e3o de forma geral, leva os atletas a se questionarem da import\u00e2ncia e os poss\u00edveis benef\u00edcios do trabalho resistido. N\u00e3o \u00e9 incomum, atletas de \u201cendurance\u201d acharem que o trabalho resistido pode deixa-los mais lentos e que ficar muito pesados (musculosos), poderia atrapalhar os ritmos dos treinos e provas.<\/p>\r\n\r\n\r\n\r\n

No caso de ciclistas alguns conceitos e tipos de treinamento, est\u00e3o bem estabelecidos pela literatura.<\/p>\r\n\r\n\r\n\r\n

Um dos principais conceitos \u00e9 que o trabalho resistido aumento a for\u00e7a m\u00e1xima em ciclistas de \u201cendurance\u201d, reduzindo a quantidade de fibras necess\u00e1rias para gerar determinada execu\u00e7\u00e3o de movimento em n\u00edveis de pot\u00eancia m\u00e1xima e subm\u00e1xima. Essa adapta\u00e7\u00e3o \u00e9 extremamente positiva, uma vez que atletas de longa dura\u00e7\u00e3o, se tornam mais econ\u00f4micos, mantendo um alto n\u00edvel de pot\u00eancia por mais tempo e consequentemente, mais resistentes.<\/p>\r\n\r\n\r\n\r\n

De fato, Aagaard et al (2011), investigou as respostas do treinamento resistido na composi\u00e7\u00e3o corporal e performance de 14 ciclistas da sele\u00e7\u00e3o Dinamarquesa, sub 23. Neste estudo ficou demostrado que os atletas que realizaram o treinamento resistido + treino de ciclismo (TR), por 16 semanas (2 \u00e1 3 x\/sem.), tiveram uma melhora nos testes comparativos de pot\u00eancia m\u00e9dia de 5\u2019min e no contra rel\u00f3gio de 45\u2019 em rela\u00e7\u00e3o aqueles atletas que n\u00e3o realizaram o treinamento resistido (T). N\u00e3o foi observada nenhuma altera\u00e7\u00e3o na Massa Corporal entre ambos os grupos, mas no grupo TR, foi observado um aumento da massa magra, enquanto no Grupo T isso n\u00e3o ocorreu. <\/p>\r\n\r\n\r\n\r\n

Quanto as adapta\u00e7\u00f5es Neuromusculares, chegou-se \u00e0 conclus\u00e3o de que o Treinamento Concorrente (resistido + resist\u00eancia) resulta em ganho de for\u00e7a muscular sem a presen\u00e7a de hipertrofia muscular. <\/p>\r\n\r\n\r\n\r\n

Foi observado que a propor\u00e7\u00e3o de Fibras Musculares do Tipo II A (contra\u00e7\u00e3o r\u00e1pida) aumentaram de 26% para 34% e as Fibras do tipo II B diminu\u00edram de 5% para 0,6% (isso apenas no Grupo TR).  Al\u00e9m disso, foram observados ganhos de  for\u00e7a muscular m\u00e1xima e for\u00e7a r\u00e1pida, o que provavelmente tiveram rela\u00e7\u00e3o direta com a melhora do Grupo TR no teste de contrarrel\u00f3gio.<\/p>\r\n\r\n\r\n\r\n

Os principais exerc\u00edcios est\u00e3o ligados a grandes grupos musculares e devemos considerar que o ciclismo tem um componente conc\u00eantrico maior do que comparado com a corrida. Exerc\u00edcios que privilegiam a ativa\u00e7\u00e3o da musculatura estabilizadora do tronco (mais conhecido por CORE) s\u00e3o muito bem vindos, uma vez que durante o ciclismo os atletas devem tentar manter seu tronco est\u00e1vel durante o ato de pedala, evitando o gasto de energia desnecess\u00e1rio.  <\/p>\r\n\r\n\r\n\r\n

Um outro estudo realizado por Bazyler et al., (2015) ressalta que principais exerc\u00edcios s\u00e3o o levantamento terra, agachamento livre, afundo, agachamento com salto e o trabalho pliom\u00e9trico. No entanto, devemos ter diversas ressalvas na execu\u00e7\u00e3o desses exerc\u00edcios. A vida cotidiana dos atletas, principalmente amadores, tr\u00e1s v\u00edcios mec\u00e2nicos e motores que potencializam diversas dificuldades na execu\u00e7\u00e3o desses exerc\u00edcios que deveriam ser vistos como \u201cb\u00e1sicos\u201d. <\/p>\r\n\r\n\r\n\r\n

Em geral, a grande maioria dos atletas apresenta um grande d\u00e9ficit de mobilidade de quadril\/tornozelo, al\u00e9m de grande fraqueza na musculatura central do corpo (CORE), muitas vezes ocasionados pelo fato de que passam a maior parte do dia sentados atr\u00e1s de uma mesa de escrit\u00f3rio. <\/p>\r\n\r\n\r\n\r\n

J\u00e1 o trabalho de Pliometria a principal ressalva est\u00e1 na capacidade de absorver o impacto na hora da aterrissagem. Costumo usar muito a frase: \u201cSaltar, qualquer um salta. Agora aterrissar, j\u00e1 \u00e9 outra hist\u00f3ria\u201d. \u00c9 muito comum vermos alunos\/atletas aterrissarem com joelhos e quadril travados diminuindo muito a capacidade do corpo de absorver o impacto de forma natural e menos lesiva. <\/p>\r\n\r\n\r\n\r\n

Desta forma, devemos sim realizar um bom trabalho resistido, mas antes de iniciar qualquer programa de fortalecimento observar, o grau de mobilidade articular de cada atleta, seu n\u00edvel de for\u00e7a de musculatura estabilizadora central e sua coordena\u00e7\u00e3o em absorver impactos na hora dos saltos.<\/p>\r\n\r\n\r\n\r\n

Prof. Marcelo Sanvicente – Coach TT<\/strong><\/p>\r\n\r\n\r\n\r\n

Prof. Wagner Spadotto<\/strong><\/p>\r\n\r\n\r\n\r\n

REFER\u00caNCIAS BIBLIOGR\u00c1FICAS:<\/p>\r\n\r\n\r\n\r\n

Aagaard, P. et al. Effects of resistance training on endurance capacity and muscle fiber composition in young top-level cyclists. Scand J Med Sci Sports 2011: 21: e298\u2013e307<\/p>\r\n\r\n\r\n\r\n

Bazyler, Caleb D.; Abbott, Heather A.; Bellon, Christopher R.; Taber, Christopher B.; Stone, Michael H. Strength Training for Endurance Athletes: Theory to Practice. Strength & Conditioning Journal: April 2015 \u2013 Volume 37 \u2013 Issue 2 \u2013 p 1-12<\/p>\r\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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